Desenvolver sociedades do conhecimento e inovações no Brasil

Compartilhar conhecimento e informação, principalmente por meio das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), tem o poder de transformar economias e sociedades.

As TIC têm mudado muito a forma como as pessoas vivem, trabalham, aprendem e se socializam. No entanto, 758 milhões de adultos em todo o mundo, incluindo 115 milhões de jovens, ainda carecem das habilidades básicas de alfabetização necessárias para aproveitar os benefícios de economias cada vez mais digitalizadas e participar de forma plena da sociedade moderna.

As soluções digitais inclusivas podem ajudar as pessoas com poucas habilidades e baixo nível de alfabetização a usar a tecnologia para apoiar o desenvolvimento de habilidades e, em última análise, melhorar seus meios de subsistência.

Para construir sociedades do conhecimento, a UNESCO ^no Brasil reúne seus setores para trabalhar em conjunto com o Setor de Comunicação e Informação de modo a: 

• promover o acesso universal a informações exatas, confiáveis e de qualidade;
• expandir o acesso a tecnologias digitais em instituições e cidades com melhores serviços para a população; e
• encontrar soluções para promover políticas digitais inclusivas que consideram as pessoas idosas, os jovens e os cidadãos analfabetos das árias com mais vulnerabilidade. 

O acesso à informação pública está consagrado como um direito na Constituição Federal do Brasil. A difusão das novas TIC e o desenvolvimento do multilinguismo na internet podem ser formas de evitar a exclusão no acesso à informação e ao conhecimento. Além disso, o acesso à internet, considerado um serviço público de informação, deve ser incentivado por meio da adoção de políticas adequadas. O governo brasileiro deve garantir o direito de acesso online aos registros públicos e administrativos. Esses devem incluir todas as informações que os cidadãos possam necessitar em uma sociedade democrática moderna para garantir o acesso universal à informação de domínio público e seu livre fluxo sem discriminação geográfica, econômica ou social.

O direito à informação é um direito fundamental que protege outros direitos humanos. Além disso, garante a transparência e o direito à memória e à história do país para fortalecer sua democracia. Também garante o direito da imprensa de acessar informações públicas para ajudar nas notícias investigativas. As informações gerais também podem ser úteis para outros usuários, como empresas e cidadãos comuns, incluindo pessoas com deficiência. E o acesso à informação científica é essencial para a academia e para os pesquisadores.

• Garantir que os avanços no campo da inteligência artificial sejam alcançados de forma segura e compatível com a preservação dos direitos humanos e das liberdades fundamentais. 
• Promover ações para preservar a diversidade linguística das etnias indígenas, especialmente nos esforços para promover a Década Internacional das Línguas Indígenas (IDIL 2022-2032). A Década tem o objetivod de chamar a atenção mundial para a situação crítica de muitas línguas indígenas, mobilizar as partes interessadas e arrecadar fundos para sua preservação, revitalização e promoção.
• Promover a preservação de acervos e registros documentais. O Programa Memória do Mundo visa a conscientizar o mundo sobre a importância de conservar os acervos documentais.

São 11 acervos do patrimônio documental apresentados pelo Brasil e inscritos no Registro da Memória do Mundo:

• Antônio Carlos Gomes: compositor de dois mundos
• Acervo do educador Paulo Freire
• Acervo pessoal de Nise da Silveira
• Apresentações iconográficas e cartográficas da Guerra de Tríplice Aliança
• Acervo arquitetónico der Oscar Niemeyer
• Documentos relativos às viagens pelo Brasil e no exterior do Imperador Dom Pedro II
• Fundo Comitê de Defesa dos Direitos Humanos para os Países do Cone Sul (CLAMOR)
• Arquivos da Companhia Holandesa das Índias Ocidentais (Westindische Compagnie – WC)
• Rede de informação e contra-espionagem do regime militar no Brasil (1964-1985)
• Acervo do Imperador: fotografias estrangeiras e brasileiras do século XIX
• Feminismo, ciência e política - o legado de Bertha Lutz

Saiba mais:

• Comitê Nacional do Brasil do Programa Memória do Mundo da UNESCO