Ciência, tecnologia e inovação no Brasil
Eleger ciência, tecnologia e inovação como uma escolha estratégica para o desenvolvimento do país implica priorizar investimentos nesse setor, para recuperar o tempo perdido e avançar aceleradamente na geração e na difusão de conhecimentos e inovações, em especial quanto à sua incorporação na produção. Significa também advogar em prol da importância da ciência, da tecnologia e da inovação como fator de integração das demais políticas de desenvolvimento do Estado.
No setor de gestão em ciência, tecnologia e inovação, o Brasil possui um sistema estruturado, composto de um órgão central coordenador e de agências de fomento responsáveis pelas definições e implantação de políticas de desenvolvimento de ciência, tecnologia e inovação. O mesmo modelo é observado nos sistemas estaduais para gestão de políticas de desenvolvimento locais em ciência, tecnologia e inovação, respeitando-se as vocações regionais.
Relatório de ciência da UNESCO
Há duas décadas, o Relatório Científico da UNESCO tem mapeado regularmente a governança das áreas de ciência, tecnologia e inovação (CTI) em todo o mundo. O relatório é publicado a cada cinco anos, em 10 de novembro, para marcar o Dia Mundial da Ciência pela Paz e pelo Desenvolvimento.
Conhecimento científico e tecnológico
O conhecimento científico e tecnológico produzido no Brasil ainda é lento para trazer mudanças significativas nas desigualdades sociais encontradas em algumas regiões devido às seguintes questões complexas:
- as dimensões do país;
- as dificuldades encontradas em sua estrutura de gestão;
- implementar políticas nacionais capazes de atender simultaneamente às diversas necessidades regionais para reduzir as disparidades existentes;
- o ensino de ciências ministrado nas escolas ainda é superficial;
- os investimentos em estudos e pesquisas são insuficientes para impactar e reduzir as desigualdades sociais;
- o acesso ao conhecimento científico deve ser melhorado; e
- a participação de mulheres na ciência ainda deve ser aprimorada.
No entanto, o país pode contar com capacidade material e intelectual instalada para promover avanços nas políticas científicas e ambientais nacionais; e conta também com uma sociedade civil mobilizada e um setor empresarial robusto.
Prêmio L'ORÉAL-UNESCO-ABC para Mulheres na Ciência do Brasil
Desde 2006, a Academia Brasileira de Ciências (ABC), em parceria com a L'Oréal e a UNESCO, promove o Programa L'ORÉAL-UNESCO-ABC para Mulheres na Ciência, que todos os anos premia e financia jovens doutoras brasileiras com seus projetos científicos de alto mérito a ser desenvolvido durante 12 meses em instituições nacionais.