Feitos especificamente para e por indígenas, os vídeos de prevenção usam uma abordagem pedagógica, multilíngue e intercultural. O objetivo é apresentar fatos claros, precisos e tranquilizadores na língua materna de cada comunidade. O projeto envolveu sete etnias – Wapichan, Ticuna, Yanomami, Ye'kwana, Macuxi, Taurepang e Warao – presentes nos estados do Amazonas e de Roraima (Brasil).
Um dos vídeos começa com uma saudação alegre de Dario. Nós o vemos sentado do lado de fora de sua casa em sua aldeia rural, e enquanto ele fala em sua própria língua (com legendas), ele coloca penas no cocar tradicional que está fazendo.
Eu sou Ticuna, da Nação Urubu Rei. A COVID-19 é uma doença muito grave que está matando em todo o mundo e está afetando a vida de todos, incluindo a nossa cultura. Paramos todas as nossas tradições, por causa de uma doença. E hoje usamos máscaras, o que é muito estranho para nós, mas você precisa se proteger. É para um bem maior.
Olá, meus parentes indígenas, é hora de ser vacinado. Não tenha medo!
Existem grupos que negam a vacina, mas ela é muito importante!
Mais vídeos foram produzidos para informar as comunidades indígenas sobre outras questões essenciais de saúde. A UNESCO tem ajudado o Brasil a oferecer educação preventiva sobre IST, HIV/Aids e hepatites virais, bem como sobre gravidez na adolescência. Os povos indígenas representam 5% da população mundial e estão entre os mais desfavorecidos. Eles enfrentam uma migração crescente, pressão para assimilar outros valores culturais, várias formas de discriminação, violência baseada em gênero, acesso limitado à educação, emprego e serviços de saúde. A UNESCO está empenhada em defender os direitos dos povos indígenas.