Construir pontes entre gerações dedicadas a uma África pacífica
Este ano, a UNESCO, a União Africana e o Governo de Angola organizaram em conjunto a segunda edição da Bienal de Luanda. Na tarde do primeiro dia do evento foi realizado o Diálogo Intergeracional de Líderes e Jovens, cujo tema central discutido foi “Diversidade cultural e patrimonial da África e de suas diásporas: fonte de conflitos ou solo fértil para a paz?”
Um breve histórico do Diálogo Intergeracional
O Plano de Ação por uma Cultura de Paz na África/Make Peace Happen foi aprovado em março de 2013, em Luanda, Angola, durante o Fórum Pan-africano sobre fontes e recursos por uma cultura de paz. Como parte de seus esforços de implementação, a Bienal de Luanda ocorreu pela primeira vez em setembro de 2019. Junto ao Festival de Culturas, à Aliança de Parceiros e ao Fórum Temático e Boas Práticas, o Diálogo Intergeracional é um dos principais eixos fundamentais da Bienal de Luanda. Juntos, eles visam a fortalecer o Movimento Pan-africano por uma Cultura de Paz e Não Violência na África.
Johnpaul Ekene Ikwelle, jovem líder
Na primeira edição, mais de 1300 jovens foram envolvidos, tanto online quanto no site do Fórum de Juventude, para compartilhar experiências e discutir sobre recomendações para Estados-membros, União Africana, agências do Sistema das Nações Unidas , e para PAYNCOP e organizações de jovens sobre dois tópicos principais – juventude, paz e segurança, e criatividade, empreendedorismo e inovação no continente africano. Na segunda edição, a Bienal de Luanda continuou a consolidar seus compromissos ao construir pontes de diálogo entre líderes e jovens dedicados a promover uma cultura de paz duradoura e não violência no continente africano. O marco de ação do tema da UA para 2021, “artes, cultura e patrimônio: alavancas para construir a África que queremos”, e o seguimento ao tema de 2020 (estendido para 2030) “silêncio das armas”, o Diálogo Intergeracional discutiu sobre a questão da “diversidade cultural e patrimonial da África e de suas diásporas: fonte de conflito ou solo fértil para a paz?”.
Envolver a juventude africana na Bienal de Luanda!
Para a Bienal de Luanda de 2021, mais de 100 jovens participantes de todas as partes do mundo – particularmente com foco nos países da UA e da Diáspora – participaram no Diálogo Intergeracional com ministros encarregados das áreas de juventudes e cultura para debater sobre a importância da diversidade cultural e patrimonial da África e de suas diásporas para promover a cultura de paz no continente.
Os jovens e os líderes discutiram sobre a apropriação nacional da Convenção sobre Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial (outubro de 2003), a Convenção sobre a Proteção e a Promoção da Diversidade das Expressões Culturais (outubro de 2005) e seus impactos positivos sobre o incentivo à paz, à coexistência e à interação de diferentes identidades culturais e patrimoniais em toda a África; e, em segundo lugar, questionar a relação dos jovens com sua cultura e como eles constroem sua identidade cultural em sua relação com a alteridade.
Salimatou Fatty, jovem ativista dos direitos humanos
Um diálogo online!
Em resposta ao convite online para candidaturas, lançado em 30 de junho de 2021, mais de 100 jovens da África e de suas diásporas (moças e rapazes) foram selecionados para participar do Diálogo Intergeracional de 2021.
Os jovens selecionados irão desenvolver e implementar em conjunto um programa intitulado "Jovens envolvidos no movimento pan-africano por uma cultura de paz e não violência", cujo objetivo é possibilitar a participação efetiva dos jovens e suas organizações no Diálogo Intergeracional e nos Fóruns Temáticos e Boas Práticas da Bienal de Luanda, assim como sua contribuição efetiva, em longo e médio prazos, ao Movimento Pan-africano por uma Cultura de Paz e Não Violência.
Uma iniciativa organizada em colaboração com a ICESCO
O Diálogo Intergeracional foi organizado em colaboração com a Organização Mundial Islâmica para a Educação, Ciência e Cultura (ICESCO). A ICESCO é uma organização internacional sem fins lucrativos emanada da Organização de Cooperação islâmica, especializada nos campos da educação, ciência e cultura.
Mais de 100 jovens de 49 países africanos e 13 diásporas!
Mensagens de Paz da Juventude Afrodescendente da América Latina
Shadya Harvey, uma jovem afrodescendente de Santa Marta, Colômbia, fala sobre o significado de ser uma mulher de ascendência africana, o papel das mulheres jovens na construção da paz e a importância da diversidade cultural e patrimonial da África e suas diásporas.
Mensagens de paz da Colômbia
María Ramos, uma jovem afrodescendente de Cali, Colômbia, fala sobre o significado de ser uma mulher afrodescendente e a importância de empoderar meninas e mulheres e combater o racismo estrutural.